Trump negocia, e EUA fecham venda de US$ 50 bilhões com a Coreia do Sul
Exportação de 103 aviões da Boeing deve gerar 135 mil empregos para os norte-americanos
Por | Publicado em: 26/08/2025 17:41:16 | Fonte: Revista Oeste
A Korean Air anunciou um pedido recorde de 103 aeronaves da Boeing. O negócio totaliza US$ 50 bilhões com motores e serviços de manutenção de longo prazo. O acordo, o maior na história da aviação comercial sul-coreana, se deu nesta segunda-feira, 25. Ele ocorreu durante a visita do presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, à Casa Branca, em encontro com Donald Trump.
O pedido inclui 20 unidades do 777-9X, 25 do 787-10 Dreamliner, 50 do 737 MAX 10 e 8 cargueiros 777-8F. Estima-se que 80% das aeronaves vão substituir os jatos mais antigos da frota da Korean Air. A entrega deve ocorrer até 2030, garantindo modernização e eficiência operacional da transportadora.
EUA na gestão Trump: foco na exportação
Durante a cerimônia, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, destacou principalmente o foco da gestão Trump no comércio exterior. “[O acordo] impulsiona as exportações aeroespaciais dos Estados Unidos e apoiará cerca de 135 mil empregos no país”. Lutnick enfatizou do mesmo modo que a administração republicana quer “reestruturar empregos de manufatura avançada para os americanos”.
Segundo Walter Cho, CEO da Korean Air, “adquirir essas aeronaves de nova geração é o núcleo da nossa estratégia de modernização de frota”. Para o executivo, “a transação vai produzir ganhos significativos em eficiência de combustível e melhora sobretudo na experiência do passageiro”.
A Boeing, que ainda se recupera de uma profunda crise financeira, naturalmente comemorou o acordo e o fortalecimento da liderança global, atualmente ameaçada pela europeia Airbus. “Estamos honrados em fortalecer nossa parceria com a Korean Air por meio deste marco histórico”, disse Stephanie Pope, CEO da Boeing.
O negócio evidencia a capacidade de Donald Trump em gerar grandes contratos internacionais, promovendo negócios estratégicos e investimentos em setores-chave da economia norte-americana, como aviação, tecnologia e manufatura avançada. O acordo coloca os EUA em posição de destaque no mercado asiático e fortalece as relações comerciais entre Washington e Seul.