Trump revoga proteção do Serviço Secreto para Kamala Harris

A ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, deixará de contar com a proteção do Serviço Secreto a partir de 1º de setembro. O presidente Donald Trump formalizou a decisão nesta quinta-feira, 28, ao enviar um memorando ao Departamento de Segurança Interna.

O documento anula uma autorização do ex-presidente Joe Biden. Ele havia estendido por um ano a segurança pessoal de Kamala, além do prazo legal de seis meses previsto para ex-vice-presidentes.

Kamala se prepara para viajar pelos Estados Unidos na divulgação de seu livro de memórias, intitulado 107 Days, previsto para chegar às livrarias em 23 de setembro. A turnê deve incluir eventos em grandes cidades norte-americanas, como sua terra natal, Los Angeles.

A conselheira sênior da democrata, Kirsten Allen, confirmou o fim da proteção e agradeceu à equipe do Serviço Secreto. “A vice-presidente é grata ao Serviço Secreto dos Estados Unidos por seu profissionalismo, dedicação e compromisso inabalável com a segurança”.

Embora ex-presidentes mantenham proteção vitalícia, a regra é diferente para vices, que recebem segurança por seis meses depois do fim do mandato — salvo exceções autorizadas por ordem executiva.

Prefeita de Los Angeles critica Trump e cita “retaliação política”

A decisão de Trump provocou reações imediatas. A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, classificou a revogação como um ato de “vingança política” e alertou para supostos riscos à segurança de Kamala.

“Este é outro ato de vingança depois de uma longa lista de retaliação política na forma de demissões, revogação de autorizações de segurança e muito mais”, disse Bass. “Isso coloca a ex-vice-presidente em perigo e estou ansiosa para trabalhar com o governador para garantir que a vice-presidente Harris esteja segura em Los Angeles.”

Segundo fontes ouvidas pela CNN, a Casa Branca e o Serviço Secreto optaram por não comentar o caso até o momento.