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Política

Aldo Rebelo, ex-ministro do governo Dilma, defende anistia

Pacificação do Brasil

Por | Publicado em: 02/09/2025 09:33:22 | Fonte: Gazeta do Povo

Aldo Rebelo, ex-ministro do governo Dilma, defende anistia
Aldo Rebelo afirma que o Brasil é “o país da anistia” e pede pacificação. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

O ex-ministro da Defesa do governo Dilma Rousseff (PT) e ex-deputado federal Aldo Rebelo, 69 anos, defendeu a anistia aos condenados do 8 de Janeiro. A declaração foi feita na segunda-feira (1º), em vídeo publicado na rede social X.

Rebelo afirmou que o Brasil é o “país da anistia”. Declarou que “a pacificação é o caminho para superar” conflitos. Segundo ele, a reconciliação nacional é indispensável para que a economia volte a crescer.

“A única forma de se caminhar para a retomada do crescimento da economia, para a redução das desigualdades e para a valorização da democracia é a pacificação do país, que permita que nós dediquemos as energias dos brasileiros a construir o futuro e não a ficar buscando um acerto de contas com o passado”, disse.

O ex-ministro citou precedentes históricos. Lembrou que Dom Pedro II, no século 19, recorreu à anistia para pacificar rebeliões. Mencionou também Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. Sobre o regime militar, destacou a anistia “ampla, geral e irrestrita” sancionada por João Figueiredo.

“Foram anistiados não apenas as tentativas de sequestro, o sequestro de embaixadores, assalto a banco, os crimes de tortura que foram incluídos como crimes conexos. Tudo foi anistiado para que o país voltasse a olhar para o futuro. Portanto, não é nenhuma novidade a discussão sobre a anistia”, afirmou.

Aldo Rabelo defende anistia à véspera do julgamento no STF

O posicionamento de Rabelo ocorreu na véspera do início do julgamento da suposta tentativa de golpe de 2023. Nesta terça-feira (2), a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) analisa oito réus, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

As acusações incluem tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e depredação de patrimônio público. As penas variam de 12 a 43 anos. Até 12 de agosto, o STF responsabilizou 1.190 pessoas na suposta trama golpista. Condenou 638, homologou acordo com 552 por crimes menores e absolveu 10.

Aldo Rebelo iniciou a vida pública no PCdoB e atuou contra a ditadura militar. Ele exerceu cinco mandatos como deputado federal e presidiu a Câmara entre 2005 e 2007. Assumiu a Coordenação Política no governo Lula e os ministérios do Esporte, Ciência e Tecnologia e Defesa no governo Dilma Rousseff. Em 2018, chefiou a Casa Civil paulista.

Em 2022, disputou o Senado pelo PDT. Sua trajetória manteve vínculos com a esquerda, mas com trânsito em diferentes setores políticos.

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