EUA analisam sanções contra instituto ligado à família de Moraes
Empresa pode ser alvo da Lei Magnitsky já aplicada ao ministro
Por | Publicado em: 07/09/2025 00:25:01 | Fonte: Revista Oeste

Uma empresa ligada à família do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou-se foco das discussões do governo Donald Trump a respeito da ampliação das sanções aplicadas no âmbito da Lei Magnitsky. Apuração do jornal O Globo deste sábado, 6, afirma que o Lex Instituto de Estudos Jurídicos, de propriedade da mulher e dos filhos de Moraes, pode ser incluído em medidas adicionais ainda em análise.
De acordo com os registros levantados, o instituto é dono de 11 imóveis com valores declarados que somam mais de R$ 12 milhões. Entre eles estão a residência do ministro em São Paulo, a sede do escritório de sua mulher, a advogada Viviane Barci de Moraes, e apartamentos em Campos do Jordão. Além disso, até o ano passado, o instituto possuía um apartamento de quase 400 m² em um condomínio de alto padrão no Guarujá, vendido por R$ 1,2 milhão, além de uma vaga para barcos, registrada em cartório por R$ 140 mil.
Nos Estados Unidos, o tema é defendido pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo jornalista Paulo Figueiredo. Ambos realizaram encontros com secretários e diplomatas da gestão Trump em Washington para solicitar que as sanções não se limitem ao ministro, mas também atinjam seus familiares e o patrimônio vinculado ao Lex. Segundo o jornal, a medida é considerada um “trunfo” para que a ampliação das sanções ocorra ainda antes da conclusão do julgamento do chamado “núcleo crucial” da suposta trama golpista no Supremo, previsto para encerrar em 12 de setembro.
O instituto é mencionado em documentos de cartório desde 2014, quando imóveis do casal foram transferidos para o CNPJ da empresa. Nesse mesmo ano, dois apartamentos de cobertura em Campos do Jordão foram adquiridos por R$ 4 milhões cada. Há ainda quatro terrenos em São Roque comprados anteriormente por Moraes e, posteriormente, transferidos para o Lex. Carros também estão registrados em nome da instituição.