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Política

Polícia Penal registra falha de 2 minutos em tornozeleira de Filipe Martins

Justiça do Paraná confirma o problema técnico e diz que réu segue cumprindo todas as medidas cautelares

Por | Publicado em: 29/10/2025 09:38:03 | Fonte: Revista Oeste

Polícia Penal registra falha de 2 minutos em tornozeleira de Filipe Martins
Moraes ainda não informou se tomará medidas adicionais | Foto: Divulgação/Agência Senado

Polícia Penal do Paraná informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a tornozeleira de Filipe Martins apresentou, na quinta-feira 23, uma falha técnica de dois minutos. Além disso, garantiu que o réu permaneceu em casa durante todo o período. O ex-assessor de Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em Ponta Grossa.

A corporação encaminhou o relatório ao STF no sábado 25. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes determinou nova apuração nesta terça-feira, 28. Ele quer detalhes sobre o que causou a interrupção momentânea do sinal.

“Intimem-se os advogados regularmente constituídos por Filipe Garcia Martins Pereira para prestar esclarecimentos sobre o descumprimento das medidas cautelares impostas, no prazo máximo de cinco dias, sob pena de decretação imediata da prisão do réu”, ordenou Moraes.

Os agentes confirmaram que o GPS do aparelho deixou de transmitir entre 18h51min22s e 18h53min22s. Durante esse intervalo, segundo a polícia, Martins permaneceu dentro de casa. O documento não apresenta justificativa técnica para a falha.

A defesa de Martins alegou que o problema não pode ser atribuído ao réu. Nesse sentido, os advogados argumentaram que o funcionamento do aparelho depende de fatores externos, como relevo e cobertura urbana.

Justiça reafirma bom comportamento de Martins e cita falhas técnicas

O juiz Thiago Bertuol de Oliveira, responsável pelo caso na 3ª Vara Criminal de Ponta Grossa, afirmou que Martins vem cumprindo todas as medidas cautelares impostas pela Justiça. O magistrado já reconheceu essa conduta em pelo menos três despachos anteriores.

Oliveira explicou que falhas pontuais no rastreamento ocorrem por motivos técnicos. Entre eles, o relevo irregular da cidade e o fato de Martins morar em um edifício cercado por outras construções.

Moraes ainda não informou se tomará medidas adicionais no processo que julga a suposta tentativa de golpe atribuída ao grupo político de Jair Bolsonaro.



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